Oh Fogo!

Fogo da minha alma

ilha de vulcão e djagacida

terra crioula que me viu nascer

regaço da minha nostalgia

 

O azul intenso do teu mar

com as ondas que se quebram ao som das mornas

de onde o deleitoso olhar

do capitão Noli se encarou ao teu místico esplendor

 

Oh Fogo meu!

terra povoada de mestiços e areias negras

onde se vive ao ritmo das mornas

e ao calor da morabeza

 

Terra árida com matriz fértil

onde se cresce com braveza

as videiras, símbolo de verde da tua pátria

 

Tu! Oh Fogo meu lar!

com os teus sobrados erguidos ao céu

lembranças do tempo de outrora,

e aldeias simples repleto de encantos

 

Esse negro perfil to teu vulcão

inchadas com circulo de nuvens

testemunha de partidas

sombrios e tristes

 

Oh Fogo! Oh Fogo!

tão grande a magoa e solidão

cavalgando em o teu peito

por os teus filhos condenados ao exilio

por febre de penúria e ambição

A razão do meu exilio

Tu as sabes, tu as conheces!

 

Do meu coração órfão, boiado de amor,

vitima de punhal de saudade

e com os olhos tristes velados de lagrimas

escrevo-te esses pequenos versos

Oh Djarfogo meu!

 

by Iza Rosa